Colaborativo Permanência viveu uma intensa semana teatral. Além dos seus trabalhos fixos semanais de trocas estéticas e reuniões de comissões, participou da semana Universo Antunes Filho assistindo às palestras, mostras, espetáculos, oficina e promoveu um bate papo no Recife Praia Hotel com artistas e produtores do CPT, estabelecendo e estreitando os laços que formam uma rede de comunicação, no intuito de fortalecer as bases de formação, pesquisa continuada e debate político sobre a condição de vida profissional, social e humana dos artistas das artes cênicas no Brasil, na América Latina e no mundo.
No dia 27 de março, dia Mundial do Teatro e Nacional do Circo, as atividades de comemoração tiveram, na sua programação, uma tarde de apresentação à sociedade do cotidiano do trabalho do ator com mostra de treinamentos para o ator; debates sobre as condições de trabalho do artista de teatro; leitura de textos sobre o teatro e do Movimento 27 de Março, em consonância e solidarizando-se com a ação do movimento acontecida na sede da FUNART em São Paulo; apresentação de performances; leitura dramática e mostra de vídeos de grupos nacionais e internacionais como o lume (SP), Peter Brooke - UK e Theatre du Soleil (FR).
A ação do Colaborativo vem estabelecendo a aproximação de Grupos e artistas, mobilizando a causa de reflexão que revisa nossa estrutura para o fazer artístico. Nossa reivindicação é uma política pública menos interessada em ações eventuais e mais empenhada em proporcionar estrutura de trabalho permanente aos grupos e artistas locais que, em parcela considerada, sofre um desgaste e enfraquecimento da sua potência criativa devido á falta de investimento na infra-estrutura como espaço para o trabalho cotidiano; subvenção para manutenção dos grupos e artistas; pautas e equipamentos disponíveis nos teatros da cidade; projetos para formação de platéia leitora do teatro nas suas mais diferentes estéticas (sobretudo capacitando para a leitura da estética do contemporâneo no teatro); marketing para que a cidade crie um comércio suficiente e necessário para consumir as produções dos artistas e grupos, para além de poucos espetáculos anualmente escolhidos em festivais locais e nacionais; dentre outras ações que venham a reconhecer e incorporar a função social do artista com o devido respeito, levando em consideração o valor e a importância da arte para sociedade.
O que queremos é uma política que venha a nos dar condições de continuidade de nossas ações de forma a sermos auto-sustentáveis e gestores de nossos grupos e espaços de trabalho, contribuindo para a formação dos sujeitos sociais com projetos incorporados à rede de educação, de programas sociais, de comunicação e de gestão cultural.
Por Eli Maria
(Atriz, cantora, diretora, dramaturga, pedagoga, produtora cultural e
Comissão de Gestão e Formação/ Colaborativo Permanência)
















Um comentário:
Que legal as fotos Eli!
Tava no Arraial mas mandando pensamentos positivos pra vocês lá no Pátio.
Fiquei muito curioso pra sacar a atividade oferecida por Vivi. Pareceu interessante pelas imagens.
Abração e força para todos!
Zig
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